Sou o ganso chato da fazenda que as crianças correm atrás com suas pedrinhas achadas no caminho, elas jogam com a malicia da criança que quer ver o ganso ferido sangrando sem utilidade, sem janta, sem proteção, sem defesa pessoal. O bisavô grita para que elas parem, o jantar é essencial para aquela família que se reúne aos domingos para beber, jogar e brigar. O ganso caído no quintal é o mesmo saco de cimento que servem como tira gosto do jantar. Todos perguntam o que é, e o ganso agora se torna um ser de status “Foie gras” dizem fazendo biquinho, sem saber a crueldade diária que o animal passou. Um tubo de 40 centimetros é enfiado goela abaixo até chegar no estomago, onde um motor ajuda a empurrar 1 kg de comida gordurosa. Mal sabem eles que o que estão comendo é um fígado com 10 vezes o tamanho original, um fígado doente do animal que teve a membrana celular hepática rompida.
Agora eles comem fazendo o processo inverso, admiram o ser que no vaso sanitário é esquecido e descartado como dejeto fedido.
segunda-feira, 3 de março de 2008
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