segunda-feira, 25 de novembro de 2013

desabafo.agosto.saopaulo

Estou num momento de quase sem ou sem definição de quem sou, me amo, me odeio, entro em círculos viciosos destrutivos bizarros, tomo um ar fora dele e volto... passeio pela cidade e minha cabeça reflete a imagem dos meus pensamentos, a cidade revela os meus mais confusos pensamentos, tem tudo aqui agora, meus pensamentos são todos seus, meus agora. a arquitetura da cidade é a mesma dos corpos, grandes, pequenos, arrojados, redondos, quadrados, sujos, com sol, com manchas. sento num banco de praça e fumo um cigarro, olho pra frente está tudo ai, árvores, crianças, prédios, história, estórias, qual seria a ficção de mim, e a realidade de mim? meus círculos autodestrutivos parecem vir apenas para deixar a rotina mais interessante, mas não, ela destrói a rotina, o bom que teria na rotina, e o ruim da rotina piora, corto os cabelos, faço uma viagem, converso com outras pessoas, na maioria das vezes me sinto ridícula, penso se há alguma outra forma de me expressar, ou de não enlouquecer. vontade de cosntruir um novo eu nem que seja me utilizando de uma ferrenha ficção, que enfim acreditada piamente possa se tornar uma realidade, alguém quer ouvir? posso contar que sou amarga, ou que sou muito feliz, que acredito em vidas passadas, horóscopo ou que sou agnóstica.isso se aproxima de algo que tenta ser uma realidade. não é também, mas hoje quero ser. algum estranho por favor entre nesse quarto de hotel e olhe para a minha cara, ela ta se distanciando de mim. pintar novos olhos no lugar destes que se apagaram. pedir para merecer mais, eu mereço mais, qual mais? coma minha buceta e me faça gozar, jogue ácido nas coisas e espere a nova forma vindoura.

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