sábado, 22 de setembro de 2007
Esquisito agora pensar que quero estar sozinha no meio do baile de máscaras, sou a única que não me cubro e assim olhares ocultos me perseguem. Tiram - me para uma dança, mas o salto não está firme para me segurar, então me jogo em braços pedintes esperando que me segurem sem exitar em me desequilibrar. Os holofotes brilham muito e me cegam, já não sei em que colo estou. Busco insistentemente pelo colo de minha avó, algo confortante que estenda a mão para me enxugar uma lagrima. Eu no vestido de gala me perco em meio aos tecidos que cobrem minhas pernas magras e secas, como velas de sete dias derretidas acesas orando por algo que ainda não sabe. Sou leprosa, o sorriso escorre de minha face feito uma montanha russa desnorteada procurando a partida inicial. Meus dentes caem e não consigo segurar meus lábios, pareço um bocal de lâmpada sem luz. Para rosquear vire para a direita, mas verifique antes se a lâmpada não esta queimada ou se a afiação esta com mal contato. Cuidado para não tomar choque, minha boca ainda pode ser letal.
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